sexta-feira, 4 de março de 2011

a origem da lingua portuguesa

      A língua portuguesa é uma língua românica flexiva que se originou no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal, derivada do latim vulgar que foi introduzido no oeste da península Ibérica há cerca de dois mil anos. Tem um substrato céltico/lusitano,[11] resultante da língua nativa dos povos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da península (Galaicos, Lusitanos, Célticos e Cónios). O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um império colonial e comercial (1415-1999) que se estendeu do Brasil, na América, a Goa, na Ásia (Índia, Macau na China e Timor-Leste). Foi utilizada como língua franca exclusiva na ilha do Sri Lanka por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas línguas crioulas baseadas no português também apareceram em todo o mundo, especialmente na África, na Ásia e no Caribe.




Com mais de 240 milhões de falantes,[12] é a quinta língua mais falada no mundo e usada na Internet[13], a mais falada no hemisfério sul, a terceira mais falada no mundo ocidental e das que usam o alfabeto latino. É oficial em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, desde 13 de julho de 2007, na Guiné Equatorial,[14][15] sendo também falado nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor, Gogolá, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli) e em pequenas comunidades que faziam parte do Império Português na Ásia como Malaca, na Malásia e na África Oriental como Zanzibar, na Tanzânia. Possui estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul, na União Africana, na Organização dos Estados Americanos, na União Latina, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e na Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP).



Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (o português brasileiro e o português europeu). No momento atual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (é notado que a inglês têm diferenças de ortografia pontuais mas não ortografias oficiais divergentes).Esta situação deve ser resolvida pelo Acordo Ortográfico de 1990.



Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.



O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas) e "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac[16]). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[17]



Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Uruguai, Namíbia, Maurícia, Suíça e África do Sul. Além disso, encontram-se em várias localidades no mundo numerosas comunidades de emigrantes onde se fala o português, como em Paris, na França, Hamilton, nas Ilhas Bermudas, Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá, Boston, Nova Jérsei e Miami nos EUA e nas províncias de Aichi, Shizuoka, Gunma e Mie, no Japão.


O português surgiu no noroeste da península Ibérica e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga Lusitânia e da Bética romana. O romance galaico-português nasce do latim falado, trazido pelos soldados romanos, colonos e magistrados. O contacto com o latim vulgar fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialectos. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras línguas ibéricas através do contacto das diferentes línguas nativas locais com o latim vulgar, o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano.[19][20][21] A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano, durante a época das invasões bárbaras no século V quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX, e no século XV tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica.




Chegando à Península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles o latim vulgar, de que todas as línguas românicas (também conhecidas como "línguas novilatinas", ou, ainda, "neolatinas") descendem. Só no fim do século I a.C. os povos que viviam a sul da Lusitânia pré-romana, os cónios e os celtas, começam o seu processo de romanização. As línguas paleo-ibéricas, como a Língua lusitana ou a sul-lusitana são substituídas pelo latim. [22] A língua difundiu-se com a chegada dos soldados, colonos e mercadores, vindos das várias províncias e colónias romanas, que construíram cidades romanas normalmente perto de cidades nativas.





Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento das línguas do sudoeste da Europa entre as quais o português.A partir de 409 d.C.,[23] enquanto o Império Romano entrava em colapso, a península Ibérica era invadida por povos de origem germânica e iraniana ou eslava[24] (suevos, vândalos, búrios, alanos, visigodos), conhecidos pelos romanos como bárbaros que receberam terras como fœderati. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na Idade Média e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular continuou a evoluir de forma diferenciada levando à formação de um proto-ibero-romance "lusitano" (ou proto-galego-português). Desde 711, com a invasão islâmica da península, que também introduziu um pequeno contingente de saqalibas, o árabe tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas, o moçárabe nas áreas sob o domínio mouro, de tal forma que, quando os mouros foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no léxico, com a introdução de cerca de mil palavras através do moçárabe-lusitano.



Os registos mais antigos que sobreviveram de uma língua portuguesa distinta são documentos notariais (ou tabeliónicos) do século IX, ainda entremeados com muitas frases em latim notarial (ou latino-romance). Essa fase da história da língua, que antecedeu o surgimento de uma escrita (scripta) portuguesa autónoma foi designada por "período proto-histórico" por José Leite de Vasconcelos e "período das origens" por Clarinda Maia. Embora a escrita tivesse uma aparência "alatinada" a língua falada era o galego-português. [carece de fontes?]



Os mais antigos textos escritos em português constituem aquilo que Ivo Castro chamou a "produção primitiva portuguesa" e datam de inícios do século XIII. A partir de 1255 o português foi adoptado como 'língua de registo' na Chancelaria Régia (no reinado de D. Afonso III).



Trecho de poesia

medieval portuguesa

Das que vejo

non desejo

outra senhor se vós non,

e desejo

tan sobejo,

mataria um leon,

senhor do meu coraçon:

fin roseta,

bela sobre toda fror,

fin roseta,

non me meta

en tal coita voss'amor!

João de Lobeira

(1270?–1330?)



Portugal tornou-se independente em 1143 com o rei D. Afonso Henriques. A língua falada à época, o português antigo (antepassado comum ao galego e ao português modernos, do século XII ao século XIV), começou a ser usada de forma mais generalizada, depois de ter ganhado popularidade na Península Ibérica cristianizada como uma língua de poesia. Em 1290, o rei Dom Dinis cria a primeira universidade portuguesa em Lisboa (o Estudo Geral) e decretou que o português, até então apenas conhecido como "língua vulgar" passasse a ser conhecido como língua portuguesa e oficialmente usado.





Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, Brasil.No segundo período do português arcaico, entre os séculos XIV e XVI, com as descobertas portuguesas, a língua portuguesa espalhou-se por muitas regiões da Ásia, África e Américas. Hoje, a maioria dos falantes do português encontram-se no Brasil, na América do Sul. No século XVI, torna-se a língua franca da Ásia e África, usado não só pela administração colonial e pelos mercadores, mas também para comunicação entre os responsáveis locais e europeus de todas as nacionalidades. A irradiação da língua foi ajudada por casamentos mistos entre portugueses e as populações locais e a sua associação com os esforços missionários católicos levou a que fosse chamada Cristão em muitos sítios da Ásia. O Dicionário japonês-português de 1603 foi um produto da actividade missionária jesuíta no Japão. A língua continuou a gozar de popularidade no sudoeste asiático até ao século XIX.



Algumas comunidades cristãs falantes de português na Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésia preservaram a sua língua mesmo depois de terem ficado isoladas de Portugal. A língua foi muito alterada nessas comunidades e, em muitas, nasceram crioulos de base portuguesa, alguns dos quais ainda persistem, após séculos de isolamento. Também é percebível uma variedade de palavras originadas do português no tétum. Palavras de origem portuguesa entraram no léxico de várias outras línguas, como o japonês, o suaíli, o indonésio e o malaio.



O fim do português arcaico é marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende em 1516. O período do português moderno (do século XVI até ao presente) teve um aumento do número de palavras originárias do latim clássico e do grego, emprestadas ao português durante a Renascença, aumentando a complexidade da língua. Durante o período da União Ibérica (1580-1640), em que os reinos de Portugal e Espanha estiveram unidos, linguistas espanhóis cogitaram em ser a língua portuguesa, um dialeto do castelhano. Essa teoria foi descartada, visto que consistia em ser uma ideia de cunho mais político, na tentativa de uma maior dominação para com os portugueses.



Em março de 1994 foi fundado o Bosque de Portugal, na cidade sul-brasileira de Curitiba; o parque abriga o Memorial da Língua Portuguesa, que homenageia os imigrantes portugueses e os países que adotam a língua portuguesa; originalmente eram sete as nações que estavam representadas em pilares, mas com a independência de Timor-Leste, este também foi homenageado com um pilar construído em 2007.[25]



alunos: Amanda , Eder , Fernando .
série: 1° B

matéria :lingua portuguesa

professor:Rone

Nenhum comentário:

Postar um comentário