quinta-feira, 10 de março de 2011

A Historia da Lingua Portuguesa

Escola Estadual Antonio Valadares
Alunas: Andressa, Ana Cristina, Thaynara, Aiadney
Prof: Roni
1° ano B                                  Data:10/03/2011



             A HISTORIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

O português desenvolveu-se na parte ocidental da Península Ibérica a partir do latim falado trazido pelos soldados romanos desde o século III a.C.. A língua começou a diferenciar-se das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano e das invasões bárbaras no século V d.C.. Começou a ser usada em documentos escritos cerca do século IX DC, e no século XV DC já se tinha tornado uma língua com uma rica literatura.






         COLONIZAÇÃO ROMANA

Em 30 a.C., os romanos conquistaram a parte ocidental da Península Ibérica, composta principalmente pelas províncias romanas da [Lusitânia] e da Galécia (actualmente, essa região compreende as regiões centro-norte de Portugal e a recentemente constituída euro-região Galiza-Norte de Portugal). Até então estes povos tinham-se mantido autónomos. Os soldados romanos trouxeram com eles uma versão popular do Latim, o Latim Vulgar, do qual se acredita que descendem todas as línguas latinas e que contribuiu com cerca de 90% do léxico do português. Embora a população da Península Ibérica se tenha estabelecido muito antes da colonização romana, poucos traços das línguas ibéricas nativas persistiram no português moderno. Os únicos vestígios das línguas anteriores encontram-se numa parte reduzida do léxico e na toponímia da Galiza e Portugal.




           INVASÃO DOS MOUROS

Desde 711 DC, com a invasão da península pelos mouros (a partir do Norte de África), o árabe foi adaptado como língua administrativa nas regiões conquistadas. Contudo, a população continuou a falar latim vulgar; logo que os mouros foram expulsos, em 1249 (conquista de Faro), verificou-se que a influência exercida pelo árabe na língua foi pequena, exceptuando no léxico: o português moderno ainda tem um grande número de palavras de origem árabe, especialmente relacionadas com comida e agricultura, o que não tem equivalente noutras línguas latinas. A influência árabe é também visível nos nomes de locais no sul do país, tais como "Algarve" e "Alcácer do Sal". Muitas palavras portuguesas que começam por al- são de origem árabe.



      REGISTROS MAIS ANTIGOS

Os registros mais antigos da língua portuguesa aparecem em documentos notariais do século IX escritos em ‘latino-romance’, língua escrita de base tardo-latina com muitas interferências do vernáculo.




O mais antigo documento latino-português conhecido, datado do ano de 870 DC, é a Doação à Igreja de Souselo; trata-se, no entanto, de uma cópia do século XI (escrita em letra visigótica de transição). O mais antigo documento latino-português original conhecido é a Carta de Fundação e Dotação da Igreja de S. Miguel de Lardosa, datada de 882 DC (escrita em letra visigótica cursiva).



A Notícia de Fiadores, de 1175, é, segundo alguns estudiosos, o documento datado em escrita portuguesa mais antigo conhecido. É uma pequena lista de nomes que termina com uma única frase que apresenta sintaxe e morfologia portuguesas. A caracterização da Notícia de Fiadores como o “mais antigo” não foi consensualmente aceite na comunidade de filólogos portugueses.



Segundo outros estudiosos, o Pacto de Gomes e Ramiro Pais deve ser considerado o texto mais antigo escrito em português; no entanto, é apenas datável por conjectura (provavelmente anterior a 1173) e contém muitas formas gráficas latinas.



Outro importante documento, a Notícia de Torto, não datado, terá sido escrito entre 1211 e 1216: é uma longa narrativa dos agravos que o nobre Lourenço Fernandes da Cunha sofreu às mãos de outros senhores. Permanece o mais antigo documento particular datável conhecido escrito em português.



O Testamento de Dom Afonso II, datado de 1214, é o texto em escrita portuguesa mais antigo que se conhece (e é consensualmente aceite como tal pela comunidade científica): conservam-se dois testemunhos do documento, um em Lisboa, outro em Toledo. Foi o primeiro de três testamentos que o monarca lavrou, mas apenas este foi redigido na ‘scripta’ portuguesa que na época se estava a desenvolver na corte.



Estes documentos estão conservados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa.



O vernáculo escrito passou gradualmente para uso geral a partir do final do século XIII. Portugal tornou-se um país independente em 1143, com o Rei Dom Afonso I. A separação política entre Portugal e Galiza e Castela (mais tarde, Espanha) permitiu a evolução em direcções opostas do latim vernáculo presente nos 2 países. Em 1290, o Rei Dom Dinis (ou Denis) criava a primeira universidade portuguesa em Lisboa (o Estudo Geral) e decretou que o português, que então era chamado "linguagem" fosse usado em vez do latim em contexto administrativo. Em 1296, o português foi adoptado pela Chancelaria Real. A partir deste momento o português passou a ser usado não só na poesia, mas também na redação das leis e nos notários.



Até 1350, a língua galego-portuguesa permaneceu apenas como língua nativa da Galiza e Portugal; mas em meados do século XIV, o português tornou-se uma língua elaborada, dotada de uma tradição literária riquíssima, e também foi adoptado por muitos poetas Leoneses, Castelhanos, Aragoneses e Catalães. Durante essa época, a língua na Galiza começou a ser influenciada pelo castelhano (basicamente o espanhol moderno), tendo-se também iniciado a introdução do espanhol como única forma de língua culta. Em Portugal, a fixação da corte em Lisboa, o surgimento da imprensa e a profunda textualização das classes dominantes (aristocracia, clero e burguesia) levaram ao desenvolvimento e elaboração de uma língua padrão a partir dos séculos XV-XVI de características centro-meridionais e à “exportação” de variedades linguísticas despojadas de marcas setentrionais para os novos territórios descobertos e colonizados pelos portugueses.



        OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES

Entre os séculos XIV e XVI, com os descobrimentos portugueses, a língua portuguesa espalhou-se por muitas regiões das Ásia, África e América. Pelo século XVI tornou-se uma "Língua Franca" nas Ásia e África, usada não só pela administração colonial e comércio, mas também para comunicação entre os oficiais locais e os europeus de todas as nacionalidades. Vários reis do Ceilão (actual Sri Lanka) falavam português fluentemente, e os nobres normalmente tinham nomes portugueses. O alastramento da língua foi ajudado por casamentos mistos entre portugueses e as gentes locais (algo muito comum também noutras zonas do mundo), e a sua associação com os esforços missionários católicos levaram a que a língua fosse chamada de "Cristã" em muitos locais. A língua continuou popular mesmo com várias medidas contra ela levadas a cabo pelos holandeses no Ceilão e na Indonésia.




        A RENASCENÇA

Com a Renascença, aumenta o número de palavras eruditas com origem no latim clássico e no grego arcaico, o que aumenta a complexidade do português. O fim do "português arcaico" é marcado com a publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em 1516. Mas formas similares ao português arcaico são ainda faladas por muitas populações em São Tomé e Príncipe.



       COMO SURGIRAM OS PRIMEIROS SUTAQUES NO BRASIL?


As origens dos sotaques brasileiros estão na colonização do país feita por vários povos em diferentes momentos históricos. O português, como se sabe, imperou sobre os outros idiomas que chegaram por aqui, mas sofreu influências do holandês, do espanhol, do alemão, do italiano, entre outros.

Além disso, havia diferença no idioma português falado entre os colonizadores que chegavam aqui, vindos de várias regiões de Portugal e em distintas décadas. "Os portugueses vinham em ondas, em diferentes épocas. Por isso, o idioma trazido nunca foi uniforme", explica Ataliba Teixeira de Castilho, linguista e filólogo, consultor do Museu da Língua Portuguesa e professor da Universidade Estadual de São Paulo

Os primeiros contatos linguísticos do português no Brasil foram com as línguas indígenas e africanas. “A partir do século XIX, os imigrantes europeus e asiáticos temperaram essa base portuguesa, surgindo o atual conjunto de sotaques”, diz o professor Ataliba.




É só reparar o sotaque e a região para lembrar os vários imigrantes que contribuíram para a história do país. No Sul, os alemães, italianos e outros povos vindos do leste europeu. No Rio Grande do Sul, acrescenta-se a estes a influência dos países de fronteira, de língua espanhola. São Paulo e sua grande comunidade italiana, misturada a pessoas vindas de várias partes do Brasil e do mundo; Pernambuco e os holandeses dos tempos de Mauricio de Nassau. Os exemplos são muitos e provam que os sotaques são parte da história da formação do país.



Por isso mesmo, não se pode dizer que haja um sotaque mais “correto” que outro. “Quem acha que fala um português sem sotaque, em geral não se dá conta de que também tem o seu próprio, já que ele caracteriza a variação linguística regional, comum a qualquer língua”, afirma o professor.



        A HISTORIA DA LÍNGUA PORTUGUESA "NO BRASIL"

1500 Os cerca de 5 milhões de indígenas que aqui viviam, distribuídos em mais de 1 500 povos, falavam em torno de mil línguas de vários grupos lingüísticos


1580 Começa a ser registrada a Língua Geral Paulista, difundida por padres jesuítas e bandeirantes. “Tucuriuri” significava “gafanhotos verdes”

1700 Surgem registros da Língua Geral Amazônica, de base tupinambá, e do dialeto de Minas, misto de português com o Evé-fon, trazido por escravos africanos

1759 O Marquês de Pombal promulga lei impondo o uso da língua portuguesa, mas ainda coexistem NO PAÍS DIVERSOS idiomas indígenas e africanos

1808 A chegada da família real é decisiva para a difusão da língua: são criadas bibliotecas, escolas e gráficas (e, com elas, jornais e revistas)

1850 imigrantes europeus aportam em grande número no país, incentivando transformações no idioma com a introdução de diversos estrangeirismos

1922 A Semana de Arte Moderna leva o português informal para as artes. A crescente urbanização e o surgimento do rádio ajudam a misturar variedades lingüísticas

1988 A Constituição garante a preservação dos dialetos de grupos indígenas e remanescentes de quilombos. Hoje Ha 180 línguas indígenas e mil quilombolas

1990 Com a TV presente em mais de 90% dos lares, não se constata isolamento lingüístico. Começa a nascer a linguagem rápida usada na internet

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