Kelly
Gilzeila Thomas
Priscila Alves
Priscila Ribeiro
Winiston Lopes
Gilzeila Thomas
Priscila Alves
Priscila Ribeiro
Winiston Lopes
HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Trabalho apresentado com fins avaliativos, para a Disciplina de Língua Portuguesa sob a regência do Professor Rone. No 1° Ano do Ensino Médio
O que é a língua portuguesa?
O PORTUGUÊS é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos aprendem no berço, reconhecem como património nacional e utilizam como instrumento de comunicação, quer dentro da sua comunidade, quer no relacionamento com as outras comunidades lusofalantes.
Esta língua não dispõe de um território contínuo (mas de vastos territórios separados, em vários continentes) e não é privativa de uma comunidade (mas é sentida como sua, por igual, em comunidades distanciadas). Por isso, apresenta grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam. Mas, também por isso, é uma das principais línguas internacionais do mundo.
É possível ter percepções diferentes quanto à unidade ou diversidade internas do português, conforme a perpectiva do observador. Quem se concentrar na língua dos escritores e da escola, colherá uma sensação de unidade.
Quem comparar a língua falada de duas regiões (dialectos) ou grupos sociais (sociolectos) não escapará a uma sensação de diversidade, até mesmo de divisão.
Uma língua de cultura como a nossa, portadora de longa história, que serve de matéria prima e é produto de diversas literaturas, instrumento de afirmação mundial de diversas sociedades, não se esgota na descrição do seu sistema linguístico: uma língua como esta vive na história, na sociedade e no mundo.
Tem uma existência que é motivada e condicionada pelos grandes movimentos humanos e, imediatamente, pela existência dos grupos que a falam.
Significa isto que o português falado em Portugal, no Brasil e em África pode continuar a ser sentido como uma única língua enquanto os povos dos vários países lusofalantes sentirem necessidade de laços que os unam.
A diversidade linguística que o português apresenta através do seu enorme espaço pluricontinental é, inevitavelmente, muito grande e certamente vai aumentar com o tempo.
Os linguistas acham-se divididos a esse respeito: alguns acham que, já neste momento, o português de Portugal (PE) e o português do Brasil (PB) são línguas diferentes; outros acham que constituem variedades bastante distanciadas dentro de uma mesma língua.
Onde se fala a língua portuguesa?
Com uma pequena excepção - constituída pelo território de Portugal continental e insular (e pelas comunidades emigrantes de França, Canadá, Estados Unidos, etc.) -, a língua portuguesa é falada na zona compreendida entre as duas linhas tropicais.
Entre o trópico de Câncer e o Equador encontram-se Cabo Verde, Guiné, Goa e Macau. Nestas regiões, o português é falado por uma parte mais europeizada da população, a par de outras línguas, como os crioulos africanos, o concanim (dialecto do marata) e o cantonês (língua do sul da China). Aí também se encontram Diu e Damão, onde a manutenção do português não está assegurada; mas os crioulos aí desenvolvidos seguirão um processo de desenvolvimento análogo ao que ocorreu no Sri-Lanka e em Malaca.
Do outro lado do mundo, na Guiana Holandesa, a província de Surinam alberga uma outra relíquia do passado colonial: o papiamento. Entre o Equador e o trópico de Capricórnio, o panorama é muito mais amplo e mais complexo. Em São Tomé, português e crioulos mantêm um convívio semelhante ao de Cabo Verde, enquanto em Timor um português de implantação relativamente recente não teve tempo de crioulizar.
Ao lado destas pequenas unidades linguísticas, acham-se os maiores espaços lusofalantes do mundo:
a) o Brasil, país de reduzida variedade dialectal, onde nenhuma outra língua faz concorrência à portuguesa como veículo de comunicação nacional ou regional (ao passo que nos Estados Unidos o inglês reparte essa função com o castelhano e no Canadá com o francês);
b) Angola e Moçambique, onde o português reparte a sua influência com numerosas línguas nacionais e é falado como língua materna por uma parte não maioritária da população. Nestes dois grandes países, a sua importância e as suas perspectivas de futuro vêm-lhe do papel como língua de administração, cultura e ensino, como língua de relação internacional e, principalmente, como língua de relação inter-étnica (papel que, na Guiné-Bissau, por exemplo, cabe ao crioulo).
Porque se fala português em tanto mundo?
A língua portuguesa foi transportada para os territórios colonizados durante a expansão extra-europeia, sendo um dos principais instrumentos desse processo.
Quando a expansão começou no início do séc. XV, a língua acabava de sair de uma outra fase de expansão territorial, que a transportara até ao Algarve desde o seu berço: as terras galegas e nortenhas.
O português é uma língua nascida no norte e que cresceu para sul. Tal como aconteceu com o castelhano e com o francês, começou por ser um conjunto de dialectos provinciais (galego-portugueses), passou a língua de uma nação e depois a veículo de um império. Distinguem-se, neste percurso, dois ciclos sucessivos:
Geografia e história da língua estão entrelaçadas. O motivo por que se fala português no Rio de Janeiro é o mesmo motivo por que se fala português em Elvas e não se fala em Badajoz. A geografia de uma língua reflete a geografia política e humana da nação que a fala. Mas é uma geografia projectada no tempo, que permite descobrir realidades que já não estão à vista.
A partir do séc. XVI, a história da língua portuguesa deixa de decorrer exclusivamente no território europeu.
Depois de afirmada a independência de Portugal no séc. XII e de estabelecidas as fronteiras do reino em meados do séc. XIII, estavam reunidas condições para que aquele romance galego-português fosse promovido a língua nacional.
O primeiro passo era tornar-se língua escrita (da documentação oficial, da literatura e também do uso diário). O mais antigo documento oficial, datado, escrito em português, que chegou até nós (o Testamento de Afonso II, de 1214) prova, devido às suas convenções gráficas mais ou menos estáveis, que no ambiente da corte já se escrevia em português há algum tempo.
Com isso se harmoniza a datação da mais antiga cantiga trovadoresca, Ora faz ost’o senhor de Navarra, de João Soares de Paiva: o ano de 1196. E a Notícia de Torto, um documento privado sem data, mas situável à volta de 1214, atesta como a língua portuguesa era já usada, pontualmente, para registar apontamentos informais e efémeros; esta prática foi recentemente comprovada por uma Notícia de Fiadores de 1175.
Mas é a partir de 1255 que começa a produção regular de documentos escritos em português, primeiro na chancelaria régia, depois por toda a parte.
A abundante produção escrita em português torna possível, desde então, observar com mais pormenor as mudanças que a língua vai sofrer entre os sécs. XIII e XV e que, por graduais transições, a levarão a transformar-se de língua medieval em língua clássica.
O período que vai de finais do séc. XIV a inícios do séc. XVI é, devido à ação conjugada de todos estes fenómenos de mudança, aquele em que a língua mais rápida e radicalmente se transfigurou. Sendo um período de transição, em que se sobrepõem os processos terminais da elaboração da língua nacional com os esboços da sua expansão imperial, possui no entanto características próprias, o que leva muitos autores a tratá-lo como um período autónomo.
Os anos entre 1425 e 1450 parecem ter assistido às transformações mais acentuadas.
Não se sabe exatamente em que medida o português europeu terá sido influenciado, na sua evolução, pelo fenomeno da expansão ultramarina (para além dos vocabulários exóticos acolheu um número considerável de arabismos, por contactos no Oriente e no norte de África).
Prossegue o movimento de regularização das estruturas gramaticais que vinha do português medieval, a língua da corte (entenda-se: de Lisboa) é apresentada pelos gramáticos como padrão linguístico, a língua de grandes escritores (Camões) adquire uma projeção exemplar, o léxico enriquece-se com importações do latim e do grego, vindas directamente ou através do castelhano.
Fora da Europa, o português teve dois tipos específicos de actuação:
a) ainda no séc. XVI, instalou-se com dialectos transplantados de Portugal em territórios como o Brasil e a Índia, onde teve desenvolvimentos próprios, com grande autonomia em relação à variedade europeia, chegando aos nossos dias com plena vitalidade no primeiro caso e em estado de relíquia no segundo;
b) ao longo do litoral africano e asiático, associou-se a línguas locais para produzir pidgins e crioulos, possivelmente segundo uma matriz única (um protocrioulo português) que explicaria as semelhanças entre línguas que nunca tiveram contacto. Este processo deu, como resultados modernos, a situação linguística de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e certas áreas do Índico.
Este processo de crioulização também ocorreu no Brasil, mas uma maciça imigração europeia, constante desde o séc. XVI até ao XX, levou a que prevalecesse o primeiro tipo. O mesmo aconteceu ao Angola e em Moçambique, com a imigração do séc. XIX e XX.
Fontes:
http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/bases-tematicas/historia-da-lingua-portuguesa.html
http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=3696
muito bom
ResponderExcluirProfessor Rone disse: parabéns pelo trabalho! A nota direi na sala de aula.
ResponderExcluirKelly disse: hohó...ky trabalho muitoooo bom
ResponderExcluirWineston disse: gostei muito desse trabalho merecemos nota 10 ou 8 kkkkkkkk
ResponderExcluirEstefany,disse excelente.
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